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quinta-feira, 30 de agosto de 2012

O que pode fazer quanto à sua dor de cabeça



QUASE todo o mundo, alguma vez na vida, já soube o que é ter uma dor de cabeça. Lembre-se daquele último ataque de gripe ou daquele resfriado na cabeça quando seus seios nasais ou suas vias respiratórias ficaram cheios de catarro. Aquela dor monótona ou dor latejante que sentia dentro de sua cabeça era apenas um daqueles sintomas deprimentes que o tornavam cônscio de sua enfermidade. Toda tosse ou espirro parecia tornar pior a dor de cabeça. Quão contente ficou de poder repousar a cabeça no travesseiro, e que alívio sentiu quando acordou, descobrindo que sua dor de cabeça passara! Se essa é a única espécie de dor de cabeça que já sentiu, então deveria ser muito grato.

Muitas pessoas hoje — e algumas quase todo dia — sofrem de dores de cabeça que não são acompanhadas de óbvia enfermidade por trás delas. Tais dores de cabeça podem ser graves e quase inutilizar uma pessoa, e não são fáceis de passar. Talvez este seja o tipo de dor de cabeça com o qual está mais familiarizado, e, sem dúvida, é um tipo do qual gostaria de se livrar.

Mas, por que as pessoas têm dores de cabeça? O que realmente dói quando sua cabeça dói? Há diferentes tipos de dores de cabeça? Que fatores causam as dores de cabeça? As respostas a estas perguntas talvez o ajudem a avaliar melhor o que poderá fazer quanto a suas dores de cabeça.

Mecanismo Protetor

Sentimos dor devido a um mecanismo protetor inato. Pode ser comparado a um alarma que nos diz que certo tecido sensível à dor está sendo estimulado e que se precisa agir para remover o corpo do contato com o estímulo prejudicial.

O mesmo se dá com a dor de cabeça. Informa-o de que nem tudo vai bem. Para seu conforto e bem-estar físico e mental, é preciso agir. Portanto, é somente natural que se interesse em saber como agir no caso de dores de cabeça.

Mas, o que realmente dói quando tem dor de cabeça? Que tecidos sensíveis à dor estão envolvidos? Surpreendentemente, o próprio cérebro não é um tecido sensível a dor. Embora a percepção da dor seja função importante do cérebro, os cirurgiões e fisiologistas mostram que, quando surge uma dor de cabeça dentro do crânio, ela é devida, não à irritação do cérebro, mas ao repuxamento ou distensão dos vasos sangüíneos ou cobertura do cérebro. Similarmente, quando surge uma dor de cabeça fora do crânio, a sensação de dor é devida, na maioria dos casos, ao estímulo das pequeninas fibras nervosas nas paredes das artérias ou dentro dos poderosos músculos da cabeça e do pescoço.

Por conseguinte, é compreensível que o local de origem do estímulo doloroso determine as características da dor de cabeça. Assim, se as artérias estiverem envolvidas, a dor de cabeça talvez seja latejante devido à pulsação da parede dos vasos em cada batida cardíaca. Em contraste, se os músculos estiverem envolvidos, a dor de cabeça é mais constante e dolorida.

Do que já consideramos, torna-se evidente que nem todas as dores de cabeça são iguais. Assim, o que poderá fazer no caso duma dor de cabeça dependerá do tipo de dor de cabeça que tenha e o que a provoque.

Diferentes Dores de Cabeça

Como aviso, a dor de cabeça pode ser causada por várias condições, algumas sérias e que põem em risco a vida, outras sendo de naturezas muito mais benignas. As diferentes dores de cabeça caem em duas categorias principais: primeira, as associadas com alguma doença subjacente e chamadas de “orgânicas”, e, segunda, as funcionais, atribuídas ao distúrbio de alguma função.

As dores de cabeça orgânicas incluem as causadas por infecções ou alergias que atingem o nariz e os seios faciais, males dos dentes e mandíbulas, doenças dos olhos e ouvidos, mudanças degenerativas na coluna vertebral do pescoço, inflamação das artérias na testa, bem como condições mais graves, como um tumor cerebral e a inflamação das meninges ou membranas cerebrais. Nestas condições, a dor de cabeça é apenas um dos vários sintomas e sinais que caracterizam a doença e talvez exija urgentes cuidados médicos.

Talvez fique aliviado em saber que a ampla maioria das dores de cabeça, talvez cerca de 90 por cento, são funcionais e não são devidas à doença das estruturas nem dentro nem fora do cérebro. Geralmente consideradas como de natureza benigna, são, todavia, um aviso duma função desregrada com relação a alguma das atividades da vida. É provável que este seja o tipo comum de dor de cabeça diária que sentiu.

Mesmo assim, se começou a ficar com persistente dor de cabeça, tendo ou não outros sintomas, ou se, nas últimas semanas ou meses, houve uma alteração no tipo ou na natureza de sua dor de cabeça, então talvez ache sábio consultar um médico. Se houver alguma doença subjacente, então se poderá começar o tratamento adequado sem indevida demora.

Dores de Cabeça Diárias

Se tem estado com dores de cabeça mais ou menos constantes por muitos anos, é mais do que provável que sua dor de cabeça seja a do tipo “tensão” ou a menos comum “enxaqueca”. Talvez pense em como pode saber a diferença.

Se sofrer uma dor de cabeça de “tensão”, a dor é constante ou regular. É sentida nos músculos de trás da cabeça, ou em ambos os lados da cabeça; com menos freqüência, é sentida acima dos olhos. Talvez sinta como se sua cabeça estivesse sendo apertada num torno ou por uma faixa; alternadamente, talvez sinta a sensação apenas dum peso ou duma pressão na cabeça. As dores de cabeça de “tensão” são provocadas pela contração excessiva ou contínua dos músculos do couro cabeludo e dos poderosos músculos do pescoço que sustentam a cabeça. Por este motivo, são também conhecidas como dores de cabeça devido a contrações musculares.

A enxaqueca é um tanto diferente. A palavra em inglês para ela, “migraine” se deriva duma palavra francesa que significa “meia cabeça”, e é adequada porque, na maioria dos casos, a dor só atinge a metade da cabeça. Contrastando com a dor de cabeça de “tensão”, a dor logo se torna latejante ou pulsante devido a sua origem ser principalmente as artérias distendidas demais fora do crânio. Há amiúde a sensação de náusea, ou outra perturbação digestiva, e a dor talvez seja tão intensa a ponto de interferir no trabalho e obrigar a pessoa a deitar-se. Talvez haja mais de uma pessoa na família que sofra este tipo de dor de cabeça, porque é hereditária a tendência de sofrer de enxaqueca. Nos casos das enxaquecas “clássicas”, em oposição à enxaqueca comum, pode-se saber quando se terá um ataque por meio de uma dor de cabeça prévia, ou “aura”, tal como manchas ou lampejos de luz diante dos olhos.

Estas características talvez o ajudem a diferenciar os tipos de dores de cabeça, de “tensão” e “enxaqueca”. A diferença entre os dois tipos, contudo, talvez não seja tão fácil; deveras, poderia estar sujeito aos dois. Quer sofra de dores de cabeça de tensão ou de ataques repetidos de enxaqueca, há muito que pode fazer a fim de minorar a gravidade de sua dor de cabeça, reduzir sua freqüência, e, talvez, até mesmo impedir sua repetição.

Tratar Sua Dor de Cabeça

No tratamento imediato de sua dor de cabeça, o remédio mais simples que as circunstâncias talvez permitam é a automedicação com um analgésico ou droga que remove a dor. Muitos preparados são amplamente anunciados e se acham prontamente disponíveis em forma de pós e comprimidos que contêm uma mistura de drogas. Preparados que contêm amidopirina ou fenacetina podem ser prejudiciais e é melhor que sejam evitados. É mais seguro usar uma droga simples, por exemplo, a aspirina em sua forma solúvel, ou, se a aspirina lhe causa a indigestão, então o paracetamol é uma alternativa eficaz. A dose recomendada pode usualmente ser repetida depois de três ou quatro horas se necessário. Com esta medida simples, sua dor de cabeça de tensão pode desaparecer, ou sua enxaqueca poderá ser diminuída.

Se as circunstâncias permitirem, contudo, certas alternativas talvez tragam alívio, com ou sem o uso de analgésicos. Sua dor de cabeça de tensão ou de contração muscular talvez acabe com breve período de descanso ou descontração apenas. Se puder interromper suas atividades rotineiras e puder deitar-se por meia hora, mais ou menos, num quarto quieto, semi-escuro, sem dúvida sentirá os benefícios disso. O calor aplicado localmente sobre a cabeça e o pescoço por meio de toalhas quentes ou de calor irradiado, ou até mesmo por um banho quente, também é benéfico. Em adição, se tiver um amigo que possa fazer massagens brandas ou tração sobre os músculos do pescoço por apenas dez ou quinze minutos, isto será de grande ajuda em descontrair os músculos responsáveis por sua dor de cabeça de tensão.

Similares medidas gerais podem ser eficazes no tratamento imediato de seu ataque de enxaqueca. Ao invés de calor localmente aplicado, talvez consiga mais alívio por meio de compressas frias ou até mesmo de blocos de gelo aplicados à cabeça. Tais compressas ajudam a reduzir a superdistensão das artérias que dão origem a este tipo de dor de cabeça. Repetidas xícaras de café ou chá forte também podem trazer alívio, graças à ação da cafeína. Sua enxaqueca, contudo, talvez seja tão grave de modo a compeli-lo a deitar-se, e tudo que talvez queira fazer é “dormir até que ela passe”. Sob tais circunstâncias, é sábio submeter-se às exigências do corpo.

Se sua dor de cabeça não passar com as medidas acima, então talvez seja aconselhável consultar um médico.

Tenha presente, contudo, que sua dor de cabeça é parte de um mecanismo protetor inato, e que seria tolo continuamente tratar apenas o efeito, e deixar de enfrentar a causa. Assim, o que pode fazer para reduzir a freqüência de suas dores de cabeça ou, melhor ainda, de impedir sua repetição? A resposta depende, em grande parte, de como pode evitar ou eliminar alguns dos fatores que predispõem a pessoa a elas.

Fatores Predisponentes

Os fatores predisponentes, mesmo entre as pessoas não inclinadas a ter dor de cabeça, são comer ou beber demais, ou a exposição a atmosferas abafadas e mal ventiladas.

A dor de cabeça de tensão geralmente ocorre depois da fadiga e da estafa, ou talvez esteja relacionada a episódios de ansiedade e conflito no trabalho ou no lar. As enxaquecas também podem ser provocadas pela fadiga, estafa, ansiedade ou excitamento demasiado. Com efeito, o excitamento e as emoções estão bem no alto da lista dos fatores predisponentes, Comentando isto, o Dr. Oliver W. Sacks, em seu livro Migraine: The Evolution of a Common Disorder (Enxaqueca: A Evolução de Uma Doença Comum; 1970), escreve: “Emoções violentas excedem todas as outras circunstâncias agudas em provocar as enxaquecas, e, em muitos pacientes — especialmente os que padecem da enxaqueca clássica — são responsáveis pela ampla maioria de todos os ataques sentidos . . . verificamos, na prática, que a raiva súbita é o provocador mais comum, embora o terror (pânico) talvez seja igualmente potente nos pacientes mais jovens. A exultação súbita (como num momento de triunfo ou de inesperada sorte) pode produzir o mesmo efeito.” Assim como a tensão emocional, talvez haja outros fatores contribuintes, tais como a exposição a luzes brilhantes, o barulho excessivo, a fome, o álcool, comer certos alimentos, tais como queijo, chocolate, pepinos, tomates, alimentos gordurosos, trigo, cebolas e até mesmo laranjas.

Se, como é provável, um ou mais destes fatores predisponentes se aplicarem a seu caso, então há toda possibilidade de que, por evitar tais fatores, ou eliminá-los, possa reduzir a freqüência de suas dores de cabeça, ou até mesmo evitá-las.

Evitar Dores de Cabeça

Visto que os fatores predisponentes atingem quase que todo aspecto da vida, certo reajuste em suas atividades da vida talvez seja necessário. Talvez precise dar atenção, não só à sua dieta e aos hábitos alimentares, mas às condições no trabalho e no lar, a seu descanso, descontração, atividades recreativas, e, talvez, ainda mais importante, à sua disposição mental ou atitude para com a vida.

Uma dieta bem equilibrada ingerida com regularidade e com moderação ajudará a impedir dores de cabeça devido a comer demais, e a indigestão, ou a enxaqueca, que pode ser provocada pela fome. É fácil excluir qualquer alimento ou bebida alcoólica determinada que, em seu caso, pareça estar associada com sua dor de cabeça.

Se as condições no trabalho ou a natureza de seu serviço resultam em estafa ou fadiga excessiva, talvez seja necessário mudar de emprego, ou, se isto não for prático, então talvez seja necessário um programa de trabalho aprimorado. Por certo, seria tolo trabalhar horas extras ao ponto de prejudicar sua saúde. Se for dona-de-casa, e trabalhar em casa, uma tabela prática de rotina doméstica será de grande ajuda em evitar a fadiga ou estafa excessiva. Quer no trabalho, quer no lar, é importante assegurar-se de ventilação adequada e luz apropriada.

É aconselhável obter, não só suficiente sono, mas também um sono reparador. Para isto, talvez precise dum travesseiro mais macio ou mais firme, um travesseiro extra, ou um a menos, ou até novo colchão, se há de evitar o porte ruim e a tensão muscular que talvez contribuam para algumas dores de cabeça.

O reajuste de suas atividades talvez exija um breve período de descontraimento cada dia, talvez apenas dez a quinze minutos depois das refeições. Se puder aprender a deixar seus músculos se descontraírem, especialmente seus músculos faciais, poderá contribuir muito para aliviar a tensão muscular.

Será proveitoso, bem como agradável, recrear-se com moderação, preferivelmente de uma forma que os demais da família possam participar, uma forma que não esgote suas energias e que seja uma mudança agradável de sua rotina diária; por exemplo, uma visita ao zoológico, uma viagem ao litoral, ou apenas uma caminhada pelo interior, com a oportunidade de estudar a criação em toda a sua variedade.

Talvez a alteração mais difícil que precise fazer e a que provavelmente terá mais êxito em contrabalançar a tensão, a estafa e a fadiga, seja o reajuste mental de seu conceito ou atitude para com a vida e seus problemas. Se conseguir cultivar o “espírito quieto e brando”, aprendendo a permanecer tranqüilo quando as pessoas ou as circunstâncias tendam a irritar, se puder chegar a avaliar o valor do contentamento, em contraste com a busca exigente e interminável de bens e prazeres materiais, e se puder desenvolver interesse altruísta no bem-estar de outros e não ficar preocupado demais com sua própria pessoa, deveras já andou longo caminho no sentido de eliminar aquelas tensões emocionais e estafas que tão amiúde resultam em dores de cabeça de tensão ou enxaquecas.

Fonte da matéria: Despertai

O que fazer para dormir melhor


PROBLEMAS DE SONO não são novidade. Já no quinto século AEC, um servo na corte do rei persa Assuero registrou que certa noite “fugiu ao rei o sono”. — Ester 6:1.

Hoje, milhões de pessoas têm dificuldades para dormir. Segundo o especialista brasileiro em sono, Rubens Reimão, uns 35% da população mundial sofrem de insônia. O Dr. David Rapoport, do Centro de Estudos do Sono da Universidade de Nova York, diz que dormir mal “é uma das epidemias mais graves da virada do século”.

Como agravante, muitos insones desconhecem a razão de seu sofrimento. Segundo pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo, Brasil, apenas 3% das pessoas que têm insônia identificaram o problema. Muitos simplesmente aceitam a insônia como parte da vida e conformam-se em passar o dia sentindo-se irritadiços e sonolentos.

Drama noturno

Rolar na cama durante horas, de olhos bem abertos, enquanto todos os outros dormem tranqüilamente, é uma experiência muito desagradável. A insônia esporádica, que dura alguns dias, não é incomum e, em geral, tem relação com o estresse e as vicissitudes da vida. Na insônia crônica, porém, podem estar envolvidos distúrbios emocionais ou clínicos, e é importante, nesse caso, procurar ajuda médica.

Será que você sofre de algum distúrbio do sono? Se depois de responder o questionário na página 9 você concluir que tem problemas nesse respeito, não é preciso se desesperar. Reconhecer a necessidade de ajuda já é meio caminho andado na luta para curar um distúrbio do sono. Segundo o neurologista brasileiro Geraldo Rizzo, 90% dos que sofrem de insônia podem ser curados.

No entanto, para que o tratamento seja apropriado, é vital saber exatamente qual é a causa da insônia. Um exame médico chamado polissonografia tem auxiliado no diagnóstico e no tratamento de muitos distúrbios do sono.
Uma das causas mais comuns da insônia crônica entre adultos se relaciona com o roncar. Se você já dormiu perto de alguém que ronca, sabe que isso pode ser extremamente desagradável. Roncar pode ser um sintoma da síndrome de apnéia obstrutiva do sono, na qual o bloqueio temporário da garganta impede a pessoa de aspirar ar para os pulmões. O tratamento inicial desse distúrbio inclui perda de peso, supressão de álcool e de medicamentos que relaxam os músculos. Os especialistas talvez prescrevam também uma medicação específica, ou o uso de um dispositivo intrabucal ou um gerador de fluxo aéreo nasal contínuo com pressão positiva.

Nos casos mais graves, pode ser necessária a correção cirúrgica da garganta, do maxilar, da língua ou do nariz, para facilitar a entrada e a saída do ar durante o processo de respiração.

Crianças também podem sofrer de insônia. Os sintomas de privação do sono podem aparecer na escola — fraco desempenho escolar, irritação e falta de concentração — talvez resultando num falso diagnóstico de hiperatividade.

Algumas crianças resistem ao sono, preferindo cantar, conversar, ou ouvir histórias — aceitam tudo, menos ir dormir. Pode ser apenas uma manha para atrair a atenção dos pais. Mas pode ser também que a criança tenha medo de ir dormir por causa de freqüentes pesadelos relacionados com filmes de terror, noticiários violentos ou brigas domésticas. Criando um ambiente pacífico e amoroso no lar os pais podem ajudar a evitar tais problemas. Obviamente, deve-se consultar um médico caso os sintomas persistam. Sem dúvida, uma boa noite de sono é tão importante para crianças como para adultos.

Como dormir bem

Há séculos sabe-se que uma boa noite de sono não acontece por acaso. Dormir bem depende de uma série de fatores além de apenas controlar a ansiedade e o estresse. São conhecidos coletivamente como higiene do sono.

Higiene do sono eficaz é um modo de vida. Inclui fazer exercícios regulares na hora certa do dia. Exercitar-se de manhã ou de tarde pode contribuir para a sonolência na hora de dormir. Mas exercitar-se pouco antes de ir dormir pode prejudicar o sono.

Filmes emocionantes ou leitura absorvente podem também ter um efeito estimulante. Antes de recolher-se é melhor ler algo relaxante, ouvir música suave ou tomar um banho quente.

Os especialistas dizem que você pode treinar o cérebro a associar a cama com o sono, deitando-se apenas quando realmente pretende dormir. Pessoas que comem, estudam, trabalham, vêem TV ou jogam videogames na cama talvez achem mais difícil adormecer.

Preparar o organismo para um sono reparador envolve também cuidar da alimentação. Ao passo que o álcool pode causar sonolência, pode também comprometer a qualidade do sono. Café, chá preto, chocolate, bebidas achocolatadas, ou do tipo cola ou guaraná, devem ser evitados à noite porque são estimulantes. Por outro lado, pequenas porções de carne de siri, crustáceos, manga, castanhas, batata-doce, banana, caqui, palmito, arroz e brotos de feijão são alguns dos alimentos que podem induzir ao sono, pois estimulam a produção de serotonina. Um alerta: comer demais à noite pode ser tão prejudicial para o sono como ir dormir com estômago vazio.

Tão importante quanto a rotina pré-sono é o ambiente em que dormimos. Temperatura agradável, quarto com o mínimo de iluminação e silencioso, colchão e travesseiro confortáveis são convidativos para uma boa noite de sono. De fato, com tanto conforto, pode até ser difícil sair da cama na manhã seguinte. Mas lembre-se: ficar na cama mais do que o necessário, mesmo nos fins de semana, pode alterar seu padrão de sono e dificultar o sono na noite seguinte.

Por certo você não prejudicaria de propósito qualquer órgão vital de seu organismo. O sono é igualmente vital, uma parte da vida que não deve ser negligenciada nem subestimada. Afinal, passamos um terço da nossa vida dormindo. Poderá melhorar seus hábitos de sono? Que tal começar hoje à noite?

AS CAUSAS PRINCIPAIS DA INSÔNIA


▪ MÉDICAS: mal de Alzheimer; apnéia, bloqueio das vias aéreas superiores durante o sono; síndrome das pernas inquietas; mal de Parkinson; transtorno dos movimentos periódicos dos membros, movimentos acompanhados por despertares; asma; doenças cardíacas e gastrointestinais

▪ PSIQUIÁTRICAS: depressão, ansiedade, pânico, transtorno obsessivo-compulsivo, transtorno de estresse pós-traumático

▪ AMBIENTAIS: luz, barulho, calor, frio, colchão desconfortável, movimentos do cônjuge

▪ OUTRAS CAUSAS: abuso do álcool e de drogas, efeitos colaterais de certos remédios

DIAGNÓSTICO DOS DISTÚRBIOS DO SONO


Polissonografia é um conjunto de testes para avaliar o sono enquanto o paciente dorme nas condições mais normais possíveis. Os seguintes são os elementos básicos necessários para uma avaliação.

▪ Eletroencefalograma — Monitoramento da atividade elétrica no cérebro, usado para classificar e quantificar os vários estágios do sono.

▪ Eletro-oculograma — Registra os movimentos dos olhos durante o sono REM.

▪ Eletromiograma — Usado para monitorar a tonicidade dos músculos do queixo e das pernas durante o sono REM.

▪ Eletrocardiograma — Usado para monitorar os batimentos cardíacos durante a noite inteira.

▪ Fluxo do ar e movimentos respiratórios — Avaliados por meio do registro da passagem do ar através do nariz e da boca, bem como dos movimentos do abdome e do tórax.

▪ Saturação de oxi-hemoglobina — Medição do nível de oxigênio nos vasos sanguíneos por meio de um dispositivo chamado oxímetro, colocado no dedo da mão do paciente.

Fonte da matéria: Despertai